26 de Abril de 2024

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POLÍCIA Sexta-feira, 15 de Março de 2019, 15:18 - A | A

Sexta-feira, 15 de Março de 2019, 15h:18 - A | A

Vítima de violência doméstica, advogada de MT enfrenta trauma após 40 dias de agressões constantes e estupro

Uma advogada criminalista vive diariamente com os traumas após 40 dias de agressões constantes e até estupro do então marido. Depois de conseguir escapar com vida da chácara em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, onde morava com o ex e o filho, a vítima quebrou o ciclo da violência e denunciou as agressões.

Olívia Figueiredo, nome fictício criado para preservar a identidade da vítima, é um dos personagens de uma série especial do tribunal de justiça (TJMT).

Diariamente, a advogada tenta recompor a vida e lida com o medo de ser vítima do ex-marido, que atualmente está preso pelas agressões. O casamento durou nove anos e quase terminou de maneira trágica.

Ela se lembra que, no início do relacionamento, tudo parecia um sonho e, para ela, o marido representava o sonho do príncipe encantado. Depois de um tempo, entretanto, as atitudes que diagnosticam um relacionamento abusivo começaram a aparecer.

“Ele não me deixava dirigir meu próprio carro. Se quisesse ir ao mercado, açougue, ele queria me levar. Se saísse para o salão de beleza, ele ia e ficava lá sentado até acabar”, contou Olívia.

O relacionamento abusivo com o ex-marido começou a ficar violento depois que o casal se mudou para uma chácara. Sem vizinhos por perto e com dificuldades de comunicação via telefone e internet, as agressões passaram a ser constantes.

Vítima de violência relata momentos de agressões e estupro do ex-marido

 

“Comprar essa chácara foi o meu grande erro. Lá foram 40 dias de agressões. Tanto é que eu saí com cinco costelas fraturadas, deslocamento de retina, com o rosto fraturado”, disse.

Um dos piores episódios, segundo Olívia, a motivou a fugir de casa com o filho do casal.

 

“Um dia ele chegou em casa e falou que tinha um presente para mim. Pegou um rolo de amassar massa e introduziu em mim. Fui aguentando, porque se eu brigasse com ele iria me matar”, relembra.

Depois disso, diante de um descuido do ex-marido, Olívia conseguiu fugir o trancando no banheiro.

O ex ainda tentou reatar alegando um momento de descontrole. Ele só foi preso depois de ameaçar e agredir a vítima dentro do fórum onde ela estava trabalhando.

A prisão dele foi feita no Espírito Santo depois de fazer mais uma vítima. Atualmente, ele cumpre pena de seis anos em regime fechado e tenta recurso na Justiça.

Hoje, Olívia convive com o medo de que ele consiga deixar a prisão e tente se vingar. Consequência da violência vivida, ela não tem câmeras de segurança na casa, mantém um rastreador junto ao corpo e um no carro, não fica sozinha e o filho sempre sai de casa com segurança particular.

“O que eu passei não desejo para ninguém”, finalizou.

 

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