O Teatro Zulmira Canavarros recebeu a terceira edição do Prêmio Jejé de Oyá, exaltando Nossos Cores, noite de gala que homenageou personalidades negras que se destacaram em diversos ramos de atuação. O evento reuniu um público dinâmico, celebrando a luta, a resiliência, a criatividade e o empreendedorismo dos vencedores.
O prêmio homenageia a memória de José Jacintho Siqueira de Arruda, conhecido como Jejé de Oyá, figura icônica de Cuiabá entre as décadas de 1950 e 1980, cronista social, alfaiate e carnavalesco, conhecido por sua irreverência e seu estilo incomparável. Em 2017 foi reconhecido pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso como defensor da crônica social do Estado.
Com a abertura do quarteto composto por Leny Nobre, Anselmo Parabá, Jasmyne, Sophie e Day, onde apresentaram várias interpretações musicais, sendo elas, do cantor Emicida com a música “Principia” e da música “Em Busca de Minha Sorte”, conhecida na voz do cantor Thiaguinho. Trazendo grandes referências para os negros e emocionando o público. Os vencedores também estiveram presentes no palco, entregando ao público, palavras de amor e motivação.
O delegado da Polícia Civil do Estado de Mato Grosso, Nilson Farias, que é homenageado por suas ações na sociedade cuiabana, disse que o evento superou suas expectativas.
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“É uma honra receber este prêmio. A existência de tais prêmios dão oportunidade para pessoas negras de diferentes áreas de atuação ser reconhecidas. O evento foi magnífico e superou as minhas expectativas em organização e qualidade”, comenta Farias.
A premiação foi organizada pela Bemtivi Academia de Arte e Assembleia Social/ALMT, e tem patrocínio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Entretenimento de Mato Grosso (Secel/MT), Sicredi Ouro Verde e Bom Futuro e contou com o apoio do Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros, do Instituto Memória/ALMT, da Comissão de Defesa da Igualdade Racial da OAB/MT, do Goiabeiras Shopping e da Flor de Coco Doces Artesanais.
Conheça os vencedores
Representando as mais diversas áreas de atuação, foram anunciados durante a cerimônia. Os vencedores das categorias técnica e jurídica popular são:
Alimentaçao e Gastronomia — Irene de Oliveira Lima de Souza
Artes Visuais — Carlos Pina por júri técnico e Edson Ferreira Origin por voto popular
Comunicação e Jornalismo — Dríade Aguiar
Destaque Afro científico — Mory Lobo por júri técnico e Mory Márcia de Oliveira Lobo
Escrita artística — Paty Wolf por júri popular e Silvane Ramos Lopes da Silva por voto popular.
Estética da Identidade Negra — Diela Tranças por júri técnico e Mizizi (Ivenir Florescer) por voto popular
Impacto Social — Dona Maria do Futebol
Mídias Sociais — André D'Luca
Performance Artística — Jefferson Neves por júri técnico e Ronaldo José por voto popular
Performance Física — Pedro Pio por júri técnico e Melissa Prudêncio Arruda por voto popular
Iva Almeida, que recebeu o prémio na categoria Estética Negra do conceituado júri, em representação do salão Afro Mizizi Beleza, agradece este prémio e sublinha o quanto é essencial que a comunidade negra LGBTQIAPN+ esteja presente nestas áreas.
“O Prêmio Jejé de Oyá promove e reconhece a identidade negra em nosso estado. Essa é uma recompensa essencial, principalmente para nós, pessoas de cor LGBTQIAPN+, que temos pouca visibilidade. A premiação para o Mizizi, que é um projeto que inclui muitos negros, periféricos, vulneráveis e da comunidade LGBTQIAPN+, é extremamente importante para mostrar às pessoas que negritude é poder, força e que viemos para ajudar a transformar a sociedade”, afirmou.
Após a cerimônia, a festa continuou no estacionamento do Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros, com apresentações de artistas locais como Kareca, Xinn Beats, Semitas Marques e Raízes do Samba, além de uma deliciosa feira gastronômica.