Um espaço dedicado ao diálogo e ao enriquecimento acadêmico. Uma visão prática do papel constitucional do Ministério Público foi apresentada para mais de 150 estudantes do curso de Direito da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) - polos de Água Boa e Nova Xavantina - e da Faculdade Fasipe Cuiabá, nesta quarta-feira (03).
A iniciativa é conduzida pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) - Escola Institucional do MPMT, sendo reconhecida como importante fonte de aprendizado sobre a estrutura do órgão ministerial. O projeto pretende também enriquecer a formação acadêmica com o objetivo de ampliar o convívio e aproximar a instituição da comunidade escolar.
“O Ministério Público não é uma função, não é um emprego, é um sacerdócio, é uma dedicação permanente a uma causa e por este motivo é importante estar próximo à academia. É a academia quem produz conhecimento, é a academia a responsável por uma nova perspectiva para que sejam defendidos os direitos essenciais e os direitos humanos”, ressaltou o coordenador do Ceaf, o promotor de Justiça Antonio Sergio Cordeiro Piedade, ao saudar os acadêmicos em sua fala de boas-vindas.
Realizado no auditório da Sede das Promotorias de Justiça de Cuiabá, a segunda edição de 2024 do projeto “MP Sem Mistério” teve como palestrantes o procurador de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado, titular da Especializada na Defesa da Criança e do Adolescente, e o promotor de Justiça Roberto Arroio Farinazzo Junior.
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“É uma grande honra participar desse projeto. Estou aqui muito mais como aluno para aprender junto com vocês do que como palestrante”, pontuou o promotor, que iniciou sua carreira jurídica com o desejo de defender pessoas em situação de vulnerabilidade. “Descobri que eu tenho essa vocação para defender”, pontuou.
Com mais de três décadas de trabalho dedicado ao Ministério Público, o procurador de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado relembrou sua trajetória iniciada no município de São Félix do Araguaia. “Trazer os alunos até aqui é uma grande oportunidade. Eu me formei sem saber o que era Ministério Público”, disse em alusão à sua transição de carreira de jovem estudante de técnico em Edificações para procurador de Justiça. Paulo Prado também fez um resgate histórico do trabalho do Ministério Público após a Constituição de 1988 com a palestra denominada “Brasil, sua trajetória e o novo Ministério Público”.
Portas Abertas - A coordenadora do Núcleo de Práticas Jurídicas da Fasipe, Izabel Ferreira de Souza Barbosa, destacou aos graduandos que a participação no projeto, além de aproximar o Ministério Público do cidadão, “é a oportunidade de compreender na prática o que é visto em sala de aula, de aprimorar o conhecimento e de se aproximarem, e quem sabe, se apaixonarem pelo Ministério Público”.
A professora do curso de Direito Jamille Clara Alves Adamczyk, da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), agradeceu o convite e a parceria com a Escola Institucional do MPMT. “Essa integração entre a academia e as instituições sempre fez parte do trabalho do Ministério Público. É uma instituição que está sempre à disposição”, disse.