03 de Julho de 2024

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GERAL Segunda-feira, 01 de Abril de 2024, 06:05 - A | A

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Orientações para aproveitar os últimos dias do Desenrola Brasil

Redação

O Desenrola Brasil, programa nacional de renegociação de dívidas, está na reta final de sua execução, com prazo final para adesões até o próximo domingo, dia 31. Esta última etapa prioriza exclusivamente as dívidas de pessoas inseridas na faixa 1 do programa, abrangendo indivíduos com renda mensal de até dois salários-mínimos ou inscritos no Cadastro Único (CadÚnico).

 De acordo com o Governo Federal, o valor original das dívidas a serem negociadas não deve ultrapassar a quantia de R$ 20 mil, sendo válidas aquelas que foram negativadas no período entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022.

 Desde sua implementação, mais de 12,2 milhões de pessoas foram beneficiadas pelo programa, totalizando cerca de R$ 37,5 bilhões em dívidas renegociadas. As dívidas passíveis de renegociação englobam tanto as de natureza bancária, como cartão de crédito e empréstimos, quanto as de outros setores, como contas de energia, água e débitos no comércio.

Um ponto crucial é que antes de entrar na fase de negociações, é importante que o consumidor conheça seus números e faça uma faxina financeira. Afinal, apenas com uma mudança comportamental é possível sair definitivamente dessa situação.

"Se a crise está afetando as finanças da família, eu recomendo que não busque agora esses feirões, pois possivelmente não conseguirá honrar os compromissos. Este momento é de sobrevivência para essas famílias; depois, pode ajustar o nome", alerta Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).

Domingos, autor do livro "Nome sujo pode ser a solução" (Editora DSOP), elaborou algumas orientações para as pessoas antes de negociar as dívidas:

 

1. Liste todas as dívidas, priorizando aquelas essenciais (como água, energia elétrica, aluguel) e as que possuem juros mais elevados (como cartão de crédito e cheque especial). Realize um diagnóstico financeiro para identificar formas de reduzir despesas e gerar economias para quitar as dívidas.

 

2. Registre todos os gastos durante 30 dias, separando por tipo de despesa. Isso inclui pequenas despesas, permitindo uma compreensão completa de como o dinheiro está sendo utilizado e identificando hábitos que contribuem para a inadimplência.

 

3. Negocie as dívidas somente após um planejamento adequado, garantindo que haja capacidade financeira para cumprir os acordos. Evite tomar decisões precipitadas que possam agravar a situação financeira.

 

4. Avalie cuidadosamente a troca de dívidas, pois essa estratégia pode não ser a melhor alternativa. O crédito consignado, por exemplo, oferece juros mais baixos, mas é essencial considerar os impactos de uma redução na renda mensal.

 

5. Pratique o consumo consciente, questionando a real necessidade de cada compra. Reflita sobre os benefícios do produto ou serviço e evite compras por impulsividade.

 

6. Estabeleça metas financeiras claras, incluindo sonhos de curto, médio e longo prazo. Sair das dívidas deve ser uma prioridade nesse planejamento financeiro.

 

7. Utilize o diagnóstico financeiro para identificar oportunidades de poupança e investimento. Consulte um especialista, se necessário, para realizar aplicações financeiras alinhadas aos seus objetivos e perfil de investidor.

 

"Esses passos são extremamente necessários, pois só se deve buscar a renegociação de dívidas quando tiver condições de pagar, ou seja, após conhecer suas finanças e se planejar. Um passo precipitado pode até piorar a situação", orienta Domingos.

O educador financeiro complementa, explicando que o consumo consciente é a chave para a diminuição do endividamento e, consequentemente, da inadimplência. De nada adiantará participar desses eventos sem uma mudança de comportamento. "As pessoas precisam parar e se fazer algumas perguntas antes de sair abrindo a carteira. Isso faz parte de ser educado financeiramente", finaliza.


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